história do crami
O CRAMI (Centro Regional de Atenção aos Maus Tratos na Infância) foi fundado em 4 de julho de 1985, por um grupo constituído de diferentes profissionais pertencentes à Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), integrados a representantes de setores da comunidade: membros da OAB-Campinas, Curadoria e Juizado de Menores, Instituto Médico Legal e outros. Preocupados com os casos rotineiros de crianças que chegavam aos órgãos públicos, apresentando marcas de espancamentos, queimaduras, escoriações, hemorragias internas, esse grupo fundou o CRAMI. Estas crianças muitas vezes chegavam a óbito, sendo que a justificativa dos responsáveis era de queda ou desatenção da própria criança.
Com o tempo foi-se construindo um protocolo de atendimento dos casos de violência doméstica. Constatado o caso, dados eram colhidos e analisados, então se procedia ao atendimento feito pela assistente social no lar das vítimas, para constatar a real situação e providenciar, dependendo da gravidade do caso, o encaminhamento da vítima à Vara da Infância.
O trabalho desenvolvido pelos profissionais altamente capacitados do CRAMI começou a se tornar referência e também incentivou a abertura de outros CRAMIs no estado de São Paulo.
Em 1991, a FEAC (Federação das Entidades Assistenciais de Campinas) cedeu um terreno para ser construída a nova sede da instituição, que contou também com o apoio financeiro da Gevisa.
Em 1994, a instituição iniciou ações específicas de prevenção em diversos espaços sociais, como núcleos comunitários e creches, para detecção e resolução dos casos de violência.
O Conselho Tutelar é instaurado em 1996, no Município de Campinas, após onze anos de funcionamento do CRAMI e quatro anos de promulgação do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
No ano 2000, o CRAMI participou, em Natal, da elaboração do Plano Nacional Contra o Abuso e Exploração Sexual. No mesmo ano, a entidade realizou a sistematização de todo o seu trabalho na área de atendimento psicossocial e jurídico a crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, contando com o apoio e supervisão da UNICEF. Em 2005, a instituição foi contemplada com o projeto da Petrobras (Rotas Recriadas), o qual desenvolveu ações de intervenção contra exploração sexual comercial de crianças e adolescentes.
Desde então, o CRAMI atua em parceria com a Prefeitura Municipal de Campinas e em 2009 passou a integrar o Programa de Enfrentamento à Violência Doméstica – VDCCA.
O CRAMI hoje atende o público do SESF - Serviço Especializado de Proteção Social a Família (SESF), que é um serviço complementar referenciado ao Centro de Referência Especializado da Assistência Social – CREAS, com oferta de um conjunto de procedimentos técnicos especializados, por meio de atendimento realizado por equipe técnica composta por assistente social, educador social e psicólogo por meio de atendimento psicossocial, na perspectiva da interdisciplinaridade, articulação intersetorial e em rede, de caráter continuado, com centralidade na família para atendimento às crianças, adolescentes, adultos, idosos e vítimas de violência doméstica: violência física, psicológica, negligência, abuso e/ou exploração sexual, abandono, exploração financeira, trabalho infantil, com existência e outras violações de direitos. Estamos localizados na região leste com atendimento a 90 famílias e na região noroeste com 210 famílias.
CRAMI - Região Leste
CRAMI - Região Noroeste